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451º FAHRENHEIT \\

PARA ONDE NOS DIRIGIMOS, HUMANIDADE?

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Até ao dia em que, como qualquer homem comum, cai nas (des)graças da traiçoeira curiosidade e, encorajado por uma sonhadora e perspicaz professora primária recentemente desempregada, decide mudar o rumo à sua vida. Montag desafia o sistema, torna-se fugitivo dado como morto pelos "twisted" media que dão ao povo aquilo que ele quer, e é através desta personagem que Toufaut nos desinstala (mesmo 50 anos depois) a nós espectadores, obrigando-nos a olhar o temido espelho.

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E pensar que tudo começou com uma inocente e subtil pergunta...

"Do you ever read the books you burn?"

Comentário crítico com referência central no filme "451º Fahrenheit", (1967) de Fraçois Toufaut

\\ por Benedita Pinto Gonçalves, 2015

Numa visão futurista com os olhos de quem toma parte nos anos 60, François Toufaut brinda-nos com "451 Fahrenheit" - um filme inteligentemente atrevido que planta em nós, educada e subtilmente, a derradeira questão: para onde nos dirigimos, humanidade?

Pois que este futuro não é mais que uma real hipótese para a nossa finalidade. Uma realidade em que o pior inimigo do homem é o livro, esse monstro que traz consigo a desigualdade e, consequentemente, a infelicidade.

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E, para nos proteger desta invetável verdade, renobou-se a profissão de bombeiro, que invade agora os lares alheios com um único propósito: encontrar e queimar todo  e qualquer vestígio de conhecimento passado, até atingie os 451º Fahrenheit, a temperatura fatal. Acompanha-nos nesta realidade o "bombeiro" Montag, comum homem casado, que se deixou levar por esta rotina inútil e inquestionável, mas por todos louvada. 

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